quarta-feira, 27 de junho de 2012

FIM DA CLT. PRECISAM-SE DE PESSOAS DE CARÁTER.


Antes mesmo de ler esse artigo até o final, e só pelo título, muitos conservadores e defensores da famigerada consolidação das leis trabalhistas, a popular CLT, irão me repudiar.

Quero deixar bem claro que não sou hipócrita em reconhecer que, lamentavelmente, por vivermos em uma sociedade que cada vez mais se destaca pelo “cada um por si”, criar regras é necessário e inevitável.

O desafio consiste em transformar essas regras em referências de conduta e não uma lista de itens que se resumem em determinar direitos e deveres.

Criada em 1946, no governo de Getúlio Vargas, a defasada e desproporcional CLT, tem se constituída numa inibidora e desestimuladora ferramenta de negociações trabalhistas, sejam individuais ou coletivas, entre organizações e colaboradores. Mais que isso, é tratada, tanto como lança quanto escudo.  Dependendo como convém à empresa ou ao funcionário.

Conheço empresas que o respeito com o colaborador termina logo após o contrato de experiência. No entanto, conheço diversos colaboradores que se submetem a uma condição de humilhação e exploração como forma de “poupança”, e dizem: “O dia que me mandarem embora, meto um processo trabalhista neles”.

Na minha opinião, isso é quase, com o perdão da palavra, uma “prostituição”. Ou seja, “podem abusar de mim o quanto quiserem que no final receberei tudo com juros e correção”.

Diversas corporações há algum tempo, estão obtendo verdadeiros sucessos, com engajamento de colaboradores nos seus propósitos, aumento da produtividade, criatividade, proatividade e desenvolvimento de talentos, por atuarem numa relação transparente e honesta, ainda que sob o tal regime.

É preciso refletir – nesse jogo de perde-perde, onde quem paga sente que paga muito, quem recebe sente que recebe pouco, e o terceiro “sócio” é quem abocanha a maior parte – que o caminho para uma relação mais salutar, honesta e digna, passa pela formação de pessoas de caráter e conduta ética, independentemente em que posição ocupam. Se contratante ou contratado, se líder ou liderado.

“O trabalho só pode ser considerado dignificante se todos envolvidos forem beneficiados pelo êxito”. 

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